Sun. Dec 3rd, 2023
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A previsão do analista Brent Porokosh, da empresa Euroconsult, sugere que a Starlink, divisão de internet via satélite da SpaceX, poderá representar 40% da receita da empresa até o fim deste ano. Esse crescimento é impulsionado pelo fornecimento de serviços de internet para outras empresas, contando com 2 milhões de clientes atualmente.

Embora o lançamento da Starlink tenha ocorrido em 2021, os planos comerciais foram disponibilizados apenas em 2022, atendendo à demanda de empresas de transporte marítimo e companhias aéreas. Recentemente, a Maersk, operadora de logística, assinou um contrato que fornecerá conexão para mais de 330 navios cargueiros.

De acordo com Porokosh, os 2 milhões de clientes atuais da Starlink têm potencial para gerar uma receita de até US$ 3 bilhões até o fim deste ano, equivalente a R$ 14,7 bilhões. Essa receita é crucial para a SpaceX, já que lançamentos de foguetes são caros e não ocorrem com frequência, além de estarem sujeitos a fatores como condições climáticas, presença de outros objetos em órbita e possíveis falhas pré-lançamento. Portanto, ter um plano alternativo bem-sucedido, como a Starlink, é fundamental.

A SpaceX oferece internet via satélite em 60 países e desempenha um papel importante na defesa da Ucrânia contra a agressão russa. Elon Musk, inclusive, impediu o uso da rede da Starlink em um possível ataque a um porto da Marinha russa. Essa tecnologia também é essencial para pessoas que vivem em regiões remotas, como fazendas no interior do Brasil ou áreas na Floresta Amazônica.

Apesar de proporcionar maior receita, a internet via satélite tem seus custos operacionais elevados, mesmo com a SpaceX possuindo seus próprios foguetes para o lançamento dos satélites. Além da SpaceX, outras empresas, como OneWeb e HughesNet, também competem no mercado de internet via satélite.

No entanto, essa corrida pelo mercado de internet via satélite apresenta desafios, como interferência nas observações astronômicas e riscos de colisões em órbita. A constelação da Starlink atualmente possui cerca de 4.500 satélites, com planos de aumentar para 12 mil. Com a entrada da Amazon no campo com o Projeto Kuiper, o número significativo de equipamentos em órbita amplificará esses problemas.

(Fonte: CNBC)